segunda-feira, 26 de setembro de 2011

APROXIMA-SE SEM VINDIMA?

Quando entrei no lagar
Não vi
Pingos de vinho
Nem senti
O cheiro da uva fresca e boa,
Mas não foi à toa
Que fui vindimar,
Mas para algumas pessoas
Quem não vai uvas pisar
Não vindimou.

Será que estamos a ficar
Sem vindima?

Olhei ao redor e reflecti
Sobre este pequeno lugar...
Como se poderia acabar
A tradição que via anos durar?

Eu nem queria acreditar
Tanta uva apanhei.
Como não vindimei?

Será que a modernidade
Roubara as coisas antigas
E que só aparecem formigas
Nesta idade
Para bebericar.





terça-feira, 20 de setembro de 2011

Soneto - DE TANTO ESPERAR PELO TEU AMOR

De tanto esperar pelo teu amor
Tenho receio de um dia vir a perder,
Este sentimento que me faz viver,
E mergulhar numa tão fina dor.

Estou infeliz, a esmorecer,
Já nem sei o que é frio ou calor...
De tanto esperar pelo teu amor
Meu coração não pára de sofrer.

Detesto quando não te vejo olhar.
Queria que estivéssemos aqui
Os dois, sem investir no verbo ir…

Mas temo nunca mais te encontrar.
Junto a ti não terei nenhum lugar.
Então, o que será de mim sem ti?

2003/2011