Passa um dia após o outro
E nada muda pró progresso.
Que regularidade!
SÁBIOS ignorados
Nas bermas duma estrada qualquer.
POETAS maltratados
A quem não lhes dão valor sequer.
MIÚDOS abandonados
A precisarem de abrigo e lar.
ALUNOS indisciplinados
A quem é dado o privilégio de estudar.
A VIDA é paga
Por um preço alto
E o consumidor trabalha
Sem ver o salário de imediato.
O cinismo acabrunha
A Penitência enjaulada
Comunicando sentenças
A quem vive presenças
De ignotas passagens.
Pesca raminhos de comunhão,
Deita fogo na solidão
e encaixa em mim a paz
Porque eu preciso dela
Para que a minha corrida
Neste mundo seja menos cansativa.
Dá-me um momento de glória
Com a força da tua fé, meu DEUS!
Não posso ter sempre a vitória,
Mas ao menos que possa
Saltar por cima duma humilhação.
Os mesquinhos não me afectam
Porque deles está longe a fé,
São uns infelizes
Por viverem afastados da compreensão.
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